As Sequelas Mentais Pós-Pandemia da Covid-19

Um Silêncio que Precisa Ser Quebrado 


A pandemia da Covid-19 foi uma experiência que marcou a humanidade em diversos níveis: físico, social, econômico e, principalmente, emocional. Ainda que o pior pareça ter ficado para trás, muitas pessoas continuam enfrentando sequelas invisíveis deixadas por esse período traumático. Entre elas, estão os transtornos mentais que se intensificaram ou surgiram após o isolamento, as perdas e a incerteza generalizada.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), houve um aumento de 25% nos casos de ansiedade e depressão no mundo durante o primeiro ano da pandemia. No Brasil, esse impacto foi ainda mais profundo: cerca de 34% da população relatou estar se sentindo angustiada ou emocionalmente esgotada, segundo uma pesquisa da Ipsos Global Advisor.

Esse número revela algo importante: o sofrimento mental não passou. Ele permanece, silencioso, em muitas casas, trabalhos e vidas.

Entre os principais transtornos mentais que aumentaram ou foram desencadeados no pós-pandemia, destacam-se:

  • Ansiedade generalizada: pessoas em constante estado de alerta, com dificuldade para relaxar e medo de situações cotidianas;

  • Depressão: desânimo, perda de interesse por atividades antes prazerosas e sensação de vazio;

  • Estresse pós-traumático: especialmente em quem vivenciou perdas, internações ou trabalhos de risco, como os profissionais da saúde;

  • Fobia social: medo de sair de casa, de aglomerações ou do contato social;

  • Burnout: esgotamento emocional ligado ao excesso de demandas no trabalho ou na rotina doméstica.

Essas sequelas muitas vezes não são visíveis a olho nu — mas causam dor, afetam relacionamentos, o desempenho profissional e até a saúde física.

Um dos maiores erros que ainda cometemos como sociedade é subestimar os sintomas mentais. Muitos acreditam que "é só uma fase" ou "vai passar sozinho", quando na verdade o que a pessoa precisa é de ajuda profissional.

Psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais e até grupos de apoio são fundamentais para reconstruir o equilíbrio emocional perdido. Em alguns casos, medicação e psicoterapia combinadas têm apresentado ótimos resultados.

Procurar ajuda não é sinal de fraqueza. É um ato de coragem, autocuidado e amor-próprio.

Falar sobre saúde mental é urgente. Precisamos abrir espaços de escuta, compreensão e empatia. Afinal, todos, de alguma forma, fomos afetados pela pandemia — direta ou indiretamente.

Se você está passando por dificuldades emocionais, não hesite em procurar ajuda. E se conhece alguém nessa situação, ofereça apoio, sem julgamentos.

A pandemia nos ensinou muitas coisas. Entre elas, que cuidar da saúde mental é essencial para uma vida plena. Não há como seguir em frente ignorando os sinais internos que pedem socorro.

Estamos todos recomeçando, cada um no seu tempo. E tudo bem pedir ajuda. Tudo bem chorar. Tudo bem cuidar de si.

A cura começa quando o silêncio é quebrado. E você não está sozinho.

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